Além de outras coisas a neurociência me chama muita anteção. Autores como Antonio Damasio sempre figuram vez por outra na lista de livros que estou lendo.
Nas minhas buscas por mais informações ou fatos curiosos, chamou-me a atenção a quantidade impressionante de material, e principalmente de acessos, sobre como “hackear” o seu cérebro e melhorar seu desempenho: os Brain Hackings, como chamam.
O primeiro site a me roubar a atenção foi de um sujeito que propunha (entre outras coisas) um método para economizar tempo de sono. Diz ele que em cerca de dois meses seria possível trocar nossas oito horas diárias por não mais que duas horas, divididas em seis cochilos de vinte minutos cada, e ainda sentir-se feliz com isso. Dessa forma estaríamos, segundo ele, aproveitando o que ele diz ser a única fase “útil” do sono, a fase REM. Pode-se até conferir o passo-a-passo de como ganhar mais seis horas por dia no site do autor.
Um outro indivíduo, dessa vez em vídeo que foi ao ar na tevê aberta, propõe exercícios e massagens (até aí, nada mal) que aumentariam a inteligência: o fluxo sanguíneo seria assim aumentado na região da testa, chamada de “área nobre do cérebro” (hmm? Será que ele sabe que há um crânio entre a pele e o cérebro?), e diminuído da “região primitiva, animal”, próxima à nuca. O vídeo está disponível no YouTube.
Há ainda guias, no estilo Faça Você Mesmo, para a construção de “geringonças” supostamente capazes de manipular as ondas cerebrais, como este, e mesmo um livro e um site exclusivamente dedicado ao tema que, de acordo com o que se publica na internet, seria a atual tendência em saúde (?!).
Parece um novo nível de auto-ajuda, agora na versão francamente pseudocientífica, movida pela busca de um novo poder: o de enganar e controlar o cérebro, ao invés de ser controlado por ele.
O assunto agora é:
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
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