O futuro se faz a partir do presente. A lista das dez tecnologias estratégicas para os próximos cinco anos elaborada pelo Gartner traz conceitos que não estavam previstos no relatório do ano passado, mas que amadureceram nos últimos doze meses e vieram para ficar.
É o caso das comunicações unificadas, da virtualização e da computação em nuvem. No meio corporativo, em que a tradicional central de telefonia PBX migra para a comunicação baseada em IP, Carl Claunch, vice-presidente de pesquisas do Gartner, destaca a importância da integração em um ambiente empresarial que aponta para "tudo IP".
Por outro lado, Claunch destaca que virtualização não refere-se apenas a consolidação de servidores, e elencou uma série de benefícios que podem ser obtidos em termos de aplicações, rede, processos de negócios. Ele aconselha explorar as possibilidades de migração de dados ou aplicações sem interrupção do trabalho.
Quanto à computação em nuvem, o Gartner reforça o caráter de aquisição de recursos "como serviço" e a transformação da internet em uma plataforma de ecossistema de múltiplos vendedores e corporações.
A lista do Gartner trouxe novidades em relação a 2007, ao apontar a importância que vêm ganhando as tecnologias de metadados, que sugerem aos departamentos de tecnologia ir além do BI e integrar a semântica à visão de vantagem competitiva e processos de negócios. Os denominados "fabric-based servers" referem-se a uma infra-estrutura em que os recursos passam a ser entendidos como um pool, e capacidades de memória, processamento e entrada/saída combinam-se de acordo com as necessidades dos negócios.
A chamada real world web também configura uma novidade em relação à lista do ano passado, observando a proximidade que a internet ganha com a vida real, graças à multiplicidade do acesso e crescimento da capacidade de banda, o que se expressa em recursos de localização, personalização de serviços, telepresença e análises em tempo real.
As dez tecnologias mais importantes para 2009-2014 - Carl Claunch, Gartner
1- energia e TI verde
2- comunicações unificadas
3- multiplos núcleos
4- metadados
5- virtualização
6- computação em nuvem
7- mashups
8- fabric-based servers
9- real world web
10- social software"
Fonte: ItWeb
Veja mais sobre virtualização e um video da PRODAM que reorganizou toda sua infra-estrutura através da virtualização de seus servidores no espaço UNIX Cookbook .O vídeo fala sobre como foi o processo de virtualização de 130 servidores em 3 lâminas Blade.
O assunto agora é:
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
No caminho das índias: Os dalits nossos do dia-a-dia
A palavra indiana dalit significa quebrado, esmagado, oprimido. Para os indianos pertencentes às castas, os dalits representam a poeira nos pés de Deus. São os párias, os proscritos, cuja vida é regida por um sistema de apartheid. Até o esbarrar em suas sombras pode poluir o corpo e a alma dos homens de casta. Os dalits não podem orar nos templos, e nas escolas não lhes é dado o direito de entrar em sala de aula; se entram, só podem se sentar nas últimas fileiras. A voz deles quase nunca é ouvida. Por isso os dalits são quase sempre analfabetos e a taxa de mortalidade infantil entre eles chega a 10%. São os últimos no ranking social e sequer são considerados como parte do sistema.
Esta realidade mostrada na novela "Caminho das Índias", da TV Globo é um claro exemplo de discriminação. Talvez nos espante o tratamento dado aos dalits, mas nos esquecemos de olhar os dalits do nosso cotidiano. Esquecemos que, muitas vezes, também somos acometidos de uma cegueira preconceituosa causada pela nossa prepotência.
O psicólogo Fernando B. Costa é autor de uma tese de mestrado muito reveladora sobre a invisibilidade social. Ele vestiu um uniforme de gari e por oito anos varreu um campus universitário, para observar o tratamento dispensado aos profissionais que exerciam trabalho braçal mal remunerado naquele local. Essas pessoas pareciam invisíveis, eram os nossos dalits,aqueles que varriam as ruas, recolhiam os tocos de cigarro, as fezes dos cachorros, enfim, faziam o trabalho considerado sujo e não apropriado para quem tem acesso à informação, faz faculdade, conquista um emprego e tem chance de ascender na escala social. Os invisíveis jamais recebiam um bom-dia, um sorriso, um olhar, uma conversa amistosa… O autor da tese concluiu que, naquele ambiente, as funções sociais eram mais valorizadas do que os indivíduos.
Quem tratamos como dalits no nosso dia a dia?
Comece a prestar atenção nas ruas e perceba a reação de algumas pessoas se um mendigo se aproxima ou se uma criança pede um lanche. A maioria finge que não vê, muda de calçada, alguns até soltam palavras de ódio contra quem ousa lhes dirigir a palavra.
Nas empresas acontece o mesmo. Vamos repensar como estão as nossas relações interpessoais? Como exercemos o poder? Como pedimos aos boys para fazer suas tarefas? Cobramos sem ensinar? Como tratamos a moça do café, a que limpa os banheiros, o funcionário novato que não conhece as regras da empresa?
Nós não transformamos em dalits somente os que exercem as funções mais humildes, mas também nossos pares. Quem escolhemos para ser nosso saco de pancadas, a quem estendemos o dedo acusador só por crueldade?
Ninguém é permanentemente generoso. Nós também somos sádicos e perversos, bichos raivosos prontos para atacar, principalmente quem não pode, por mero instinto de sobrevivência, se defender…
Para refletir: será que é possível fazer uma autoanálise consciente para ter mais respeito, empatia, compaixão?
Não se engane: cada um de nós também é um dalit para alguém, quando:
a) Um novo profissional exerce o mesmo cargo que o seu e entra na empresa ganhando o dobro do seu salário;
b) O Diretor não o convida para o fim de semana na casa de praia, mas convida todo o resto do seu grupo;
c) Aquele trainee trata você com arrogância e nem quer saber o que você pode lhe ensinar;
d) Na reunião, o cliente só olha para os outros sócios e não presta atenção no que você diz;
e) Você se sente um estranho no ninho em um determinado ambiente;
f) Em uma roda social, você percebe que alguém faz uma ironia ou ignora a sua presença;
g) Você é discriminado pela sua cor, posição social ou postura política.
Ninguém quer ser invisível nem quer ser ignorado. A indiferença é para muitos uma espécie de morte moral.
A sobrevivência saudável também precisa de atenção, elogios, reconhecimento e respeito.
Por Lena Almeida e Eunice Mendes (consultoras sênior do Instituto MVC, autoras do livro Falar bem é fácil e do programa e-learning Técnicas de Apresentação. Website: http://www.institutomvc.com.br/)
Esta realidade mostrada na novela "Caminho das Índias", da TV Globo é um claro exemplo de discriminação. Talvez nos espante o tratamento dado aos dalits, mas nos esquecemos de olhar os dalits do nosso cotidiano. Esquecemos que, muitas vezes, também somos acometidos de uma cegueira preconceituosa causada pela nossa prepotência.
O psicólogo Fernando B. Costa é autor de uma tese de mestrado muito reveladora sobre a invisibilidade social. Ele vestiu um uniforme de gari e por oito anos varreu um campus universitário, para observar o tratamento dispensado aos profissionais que exerciam trabalho braçal mal remunerado naquele local. Essas pessoas pareciam invisíveis, eram os nossos dalits,aqueles que varriam as ruas, recolhiam os tocos de cigarro, as fezes dos cachorros, enfim, faziam o trabalho considerado sujo e não apropriado para quem tem acesso à informação, faz faculdade, conquista um emprego e tem chance de ascender na escala social. Os invisíveis jamais recebiam um bom-dia, um sorriso, um olhar, uma conversa amistosa… O autor da tese concluiu que, naquele ambiente, as funções sociais eram mais valorizadas do que os indivíduos.
Quem tratamos como dalits no nosso dia a dia?
Comece a prestar atenção nas ruas e perceba a reação de algumas pessoas se um mendigo se aproxima ou se uma criança pede um lanche. A maioria finge que não vê, muda de calçada, alguns até soltam palavras de ódio contra quem ousa lhes dirigir a palavra.
Nas empresas acontece o mesmo. Vamos repensar como estão as nossas relações interpessoais? Como exercemos o poder? Como pedimos aos boys para fazer suas tarefas? Cobramos sem ensinar? Como tratamos a moça do café, a que limpa os banheiros, o funcionário novato que não conhece as regras da empresa?
Nós não transformamos em dalits somente os que exercem as funções mais humildes, mas também nossos pares. Quem escolhemos para ser nosso saco de pancadas, a quem estendemos o dedo acusador só por crueldade?
Ninguém é permanentemente generoso. Nós também somos sádicos e perversos, bichos raivosos prontos para atacar, principalmente quem não pode, por mero instinto de sobrevivência, se defender…
Para refletir: será que é possível fazer uma autoanálise consciente para ter mais respeito, empatia, compaixão?
Não se engane: cada um de nós também é um dalit para alguém, quando:
a) Um novo profissional exerce o mesmo cargo que o seu e entra na empresa ganhando o dobro do seu salário;
b) O Diretor não o convida para o fim de semana na casa de praia, mas convida todo o resto do seu grupo;
c) Aquele trainee trata você com arrogância e nem quer saber o que você pode lhe ensinar;
d) Na reunião, o cliente só olha para os outros sócios e não presta atenção no que você diz;
e) Você se sente um estranho no ninho em um determinado ambiente;
f) Em uma roda social, você percebe que alguém faz uma ironia ou ignora a sua presença;
g) Você é discriminado pela sua cor, posição social ou postura política.
Ninguém quer ser invisível nem quer ser ignorado. A indiferença é para muitos uma espécie de morte moral.
A sobrevivência saudável também precisa de atenção, elogios, reconhecimento e respeito.
Por Lena Almeida e Eunice Mendes (consultoras sênior do Instituto MVC, autoras do livro Falar bem é fácil e do programa e-learning Técnicas de Apresentação. Website: http://www.institutomvc.com.br/)
sábado, 1 de agosto de 2009
CINCO REQUISITOS PARA O GERENCIAMENTO DE MUDANÇAS E EXECUÇÃO DE PROJETOS
Um dos aspectos observados nos profissionais de sucesso é a capacidade que eles possuem de promover mudanças complexas. Gerenciar a rotina com eficiência não é suficiente, é preciso fazer as mudanças acontecerem, nada melhor para se conhecer o profissional do que presenciar o seu trabalho gerenciando mudanças complexas.
Mudanças complexas podem envolver os mais variados temas: como a mudança de uma fábrica de uma região do país para outra, a implantação de um sistema integrado ou o lançamento de um novo produto.
Para o bom gerenciamento de mudanças complexas, pelo menos, cinco requisitos devem ser atendidos.
1- Visão
Ter visão é saber exatamente o que se quer. A visão é o primeiro requisito a ser atendido antes de se iniciar qualquer processo de mudança. Ter visão significa saber onde se esteve, ou seja, como foi o passado, em outras palavras, estatísticas contendo indicadores de desempenho relevantes do passado. Igualmente deve-se ter uma visão abrangente do presente. Com base nas informações do passado e presente, devemos efetuar simulações e avaliarmos as tendências para o futuro, diferentes cenários devem ser construídos, a posição da concorrência avaliada e um “SWOT analysis” deve ser preparado. Após termos as informações mencionadas devemos traçar a nossa meta estratégica, que significa definir metas objetivas para curto, médio e principalmente longo prazo. Em suma, ter visão significa entender o passado, conhecer muito bem o presente e definir onde se quer chegar em um horizonte de 3 a 10 anos.
2- Habilidades
Efetuar mudanças requer Habilidades para execução das etapas necessárias. Lançar-se à execução de uma mudança complexa sem ter as habilidades necessárias é correr forte risco de fracasso. Muitos processos de mudança, às vezes, são quase que totalmente baseados em trabalhos de consultores externos, que muitas vezes acabam suprindo deficiências internas, Recorrer a uma consultoria externa para buscar habilidades para a promoção de mudanças é prática comum e, muitas vezes necessária. No entanto, é necessário tomar cuidado para não utilizar a consultoria externa como uma espécie de muleta com a finalidade de suprir deficiências de um nível gerencial fraco e pouco preparado. É muito válido que uma empresa contrate uma empresa de consultoria, no entanto deve-se tomar todo o cuidado para que algum know how contratado seja absorvido internamente pelo corpo gerencial e repassado à organização, também é importante que os detalhes do trabalho realizado sejam entregues à empresa contratante. Um exemplo de trabalho de consultoria problemático diz respeito ao desenvolvimento de softwares, na maioria dos casos os códigos fonte deveriam ser disponibilizados, caso contrário a contratada ficará em situação previlegiada, e terá um cliente cativo que precisará pagar pela inclusão de qualquer ponto ou vírgula no software desenvolvido.
3- Incentivos
Processos complexos de mudanças requerem incentivos adequados. É necessário motivar todos que estão envolvidos e que poderão influenciar no ritmo do processo de mudança. Estarmos motivados a fazer algo, determina o nível de comprometimento com relação à mudança necessária, sem comprometimento o ritmo da mudança será lento. Os incentivos não são somente financeiros, mas todo uma serie que retornos e atitudes que envolvem os membros de uma equipe. Promover um ambiente incentivador é característica dos grandes lideres. A falta de incentivos provoca lentidão da mudança.
4 - Recursos
Mudanças complexas requerem recursos adequados. Os recursos podem ser humanos, tecnológicos ou financeiros. De nada adianta termos visão do que queremos, termos as habilidades necessárias para promover as mudanças, estarmos altamente incentivados, mas nos faltarem os recursos necessários. Entrar em processo de mudança sem ter os recursos necessários gera frustração e impede o alcance do objetivo.
5- Plano de Ações
Alguns líderes mesmo tendo todos os quatro elementos supra- citados, acabam comprometendo os resultados. Mudanças complexas requerem um Plano de Ações muito bem elaborado e executado. Um Plano de Ações implica em detalhar todas as fases da mudança, requer a preparação de um cronograma detalhado, existem excelentes softwares para gestão de projetos que podem ajudar na preparação e acompanhamento dos Planos de Ações. Lançar-se à implementação de mudanças sem um bom Plano de Ações significa um falso começo e desperdício dos quatro elementos (Visão, Habilidades, Incentivos e Recursos). Veja o quadro resumo abaixo e relembre os casos passados que envolveram mudanças em que você participou, conduziu ou assistiu, certamente diversas situações de mudanças mal conduzidas serão identificadas.
Texto do Professor Ari Lopes em seu blog
http://blogdoprofessorari.blogspot.com
Mudanças complexas podem envolver os mais variados temas: como a mudança de uma fábrica de uma região do país para outra, a implantação de um sistema integrado ou o lançamento de um novo produto.
Para o bom gerenciamento de mudanças complexas, pelo menos, cinco requisitos devem ser atendidos.
1- Visão
Ter visão é saber exatamente o que se quer. A visão é o primeiro requisito a ser atendido antes de se iniciar qualquer processo de mudança. Ter visão significa saber onde se esteve, ou seja, como foi o passado, em outras palavras, estatísticas contendo indicadores de desempenho relevantes do passado. Igualmente deve-se ter uma visão abrangente do presente. Com base nas informações do passado e presente, devemos efetuar simulações e avaliarmos as tendências para o futuro, diferentes cenários devem ser construídos, a posição da concorrência avaliada e um “SWOT analysis” deve ser preparado. Após termos as informações mencionadas devemos traçar a nossa meta estratégica, que significa definir metas objetivas para curto, médio e principalmente longo prazo. Em suma, ter visão significa entender o passado, conhecer muito bem o presente e definir onde se quer chegar em um horizonte de 3 a 10 anos.
2- Habilidades
Efetuar mudanças requer Habilidades para execução das etapas necessárias. Lançar-se à execução de uma mudança complexa sem ter as habilidades necessárias é correr forte risco de fracasso. Muitos processos de mudança, às vezes, são quase que totalmente baseados em trabalhos de consultores externos, que muitas vezes acabam suprindo deficiências internas, Recorrer a uma consultoria externa para buscar habilidades para a promoção de mudanças é prática comum e, muitas vezes necessária. No entanto, é necessário tomar cuidado para não utilizar a consultoria externa como uma espécie de muleta com a finalidade de suprir deficiências de um nível gerencial fraco e pouco preparado. É muito válido que uma empresa contrate uma empresa de consultoria, no entanto deve-se tomar todo o cuidado para que algum know how contratado seja absorvido internamente pelo corpo gerencial e repassado à organização, também é importante que os detalhes do trabalho realizado sejam entregues à empresa contratante. Um exemplo de trabalho de consultoria problemático diz respeito ao desenvolvimento de softwares, na maioria dos casos os códigos fonte deveriam ser disponibilizados, caso contrário a contratada ficará em situação previlegiada, e terá um cliente cativo que precisará pagar pela inclusão de qualquer ponto ou vírgula no software desenvolvido.
3- Incentivos
Processos complexos de mudanças requerem incentivos adequados. É necessário motivar todos que estão envolvidos e que poderão influenciar no ritmo do processo de mudança. Estarmos motivados a fazer algo, determina o nível de comprometimento com relação à mudança necessária, sem comprometimento o ritmo da mudança será lento. Os incentivos não são somente financeiros, mas todo uma serie que retornos e atitudes que envolvem os membros de uma equipe. Promover um ambiente incentivador é característica dos grandes lideres. A falta de incentivos provoca lentidão da mudança.
4 - Recursos
Mudanças complexas requerem recursos adequados. Os recursos podem ser humanos, tecnológicos ou financeiros. De nada adianta termos visão do que queremos, termos as habilidades necessárias para promover as mudanças, estarmos altamente incentivados, mas nos faltarem os recursos necessários. Entrar em processo de mudança sem ter os recursos necessários gera frustração e impede o alcance do objetivo.
5- Plano de Ações
Alguns líderes mesmo tendo todos os quatro elementos supra- citados, acabam comprometendo os resultados. Mudanças complexas requerem um Plano de Ações muito bem elaborado e executado. Um Plano de Ações implica em detalhar todas as fases da mudança, requer a preparação de um cronograma detalhado, existem excelentes softwares para gestão de projetos que podem ajudar na preparação e acompanhamento dos Planos de Ações. Lançar-se à implementação de mudanças sem um bom Plano de Ações significa um falso começo e desperdício dos quatro elementos (Visão, Habilidades, Incentivos e Recursos). Veja o quadro resumo abaixo e relembre os casos passados que envolveram mudanças em que você participou, conduziu ou assistiu, certamente diversas situações de mudanças mal conduzidas serão identificadas.
Texto do Professor Ari Lopes em seu blog
http://blogdoprofessorari.blogspot.com
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