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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Previously on Lost


Desde 2004 a série de TV Lost se tornou uma verdadeira febre ao redor do mundo. Boa parte do sucesso do seriado deve-se ao fato de que ele estimula a sensação de ansiedade, frustração, surpresa, desespero e apreensão. Para os gestores de TI que trabalham com em projetos, analistas e técnicos, todos esses sentimentos podem parecer bastante familiares.

Estou do lado deles – por enquanto
É difícil entender em que lado todo mundo realmente está ao assistir Lost. Muito disso deve-se ao fato do seriado mostrar cenas do passado, do futuro e do presente Essa falta de clareza na relação entre fornecedores, integradores de sistemas e as equipes técnica junto com uma falta de metodolia é uma das causas frequentes de falhas e atrasos nos projetos..
Existe um paralelo real dessas forças conflitantes no universo de Lost e poderíamos dizer que algo como um triângulo diabólico é composto pelo sempre jovem Richard Alpert, o desleal Benjamin Linus e o lendário John Locke. Seria algo comparável a “tal” trindade como muitos estudiosos tratam a cadeia de valor corporativa ? Um conceito conhecido como "três pilares" (ou "three bottom line"): prosperidade econômica, justiça social e responsabilidade ambiental.

O monstro da fumaça aparece sem aviso
“Por que diabos ele esteve aqui?”, perguntam os habitantes da ilha de Lost desorientados e amedrontados depois de ver a fumaça – criatura que assombra as personagens da série há anos e que continua a representar uma incógnita. Nos projetos e TI, o mesmo tende a acontecer. De forma geral, durante a integração e a customização dos sistemas um tal de Muph impõe suas leis que tendem a ocorrer problemas desesperadores e que, sem dar qualquer aviso, aparecem e aterrorizam as equipes de TI.

Esses números!
Em Lost existe um conjunto de números que sempre aparecem: 4 8 15 16 23 42
Nos nosso projetos em TI existe um número que sempre aparece: 22% (custo médio para manutenção anual dos sistemas). De onde tiram isso ?

Estereótipos
No seriado, por incontáveis vezes vemos Hurley dizendo “Dude” e Desmond “Brotha” – ambos, gírias para se referir à outra pessoa. Da mesma forma, Ben mente sempre para as pessoas e Kate faz o contrário do que ela deveria. Todos eles representam estereótipos e que também podem ser encontrados quando as empresas contratam um sistema qualquer. Existe o executivo “avestruz” e geralmente careca, o CFO “contador de centavos”, o perigoso usuário do seu poder e muitos outros arquétipos.

A selva é um lugar assustador
Muitos dos misteriosos habitantes da ilha de Lost passam longos períodos de tempo na selva – ouvindo sussuros de pessoas mortas, correndo do monstro de fumaça e de ursos polares ou, ainda, tentando não ser atacados pelos “outros”. Bom..você conhece um DataCenter.

Alguém é confiável? Ninguém, aparentemente
Não existe episódio de Lost no qual alguns dos sobreviventes não aconselhe outra pessoa a não confiar nos demais. Quando temos que lidar com fornecedores de uma solução, algo parecido acontece. Existe um sentimento de desconfiança e que fica claro quando se discutem questões como a viabilidade dos produtos no futuro, custos totais e clareza na comparação com as soluções dos concorrentes.

O complexo de herói
Em um capítulo, John Locke é o salvador no universo de Lost, no outro, não. Além disso, em uma cena ele está morto e, na sequência, retorna à vida. É incrivel como em todo projeto tem essa mistura de situações e exige que em alguns momentos existam ‘salvadores’ para recuperar os projetos de falhas eminentes.

O preço do inesperado
No Lost, de uma hora para outro a história passada de um dos sobreviventes inesperadamente ganha força. É quase certo que quando isso acontece alguém irá morrer ou acontecerá algo importante. A mesma coisa acontece com a maioria dos nossos projetos em TI. Um executivo sênior qualquer começa a aparecer nas reuniões de projeto (aquele tal avestruz e gerlamente careca), fazendo perguntas que deveriam ter sido feitas há muito tempo. Esses profissionais também tendem a deixar claro seu status e suas necessidades para todos. O resultado: O projeto muda drasticamente (e falha) ou morre de vez.

Temos de voltar!
No seriado, seis sobreviventes do acidente com o avião Oceanic 815, inexplicavelmente, depois de serem resgatados voltam para a ilha – porque eles queriam. Para as organizações que investem milhões em um projeto de reestruturação ou qualquer outro modismo da área, depois de resolver os problemas de integração e fazer com que os usuários se adequem ao novo sistema, eles descobrem que a solução é complicada, cara e depende de atualizações complexas. O que, para muitas companhias significa retornar ao sofrimento e a dor do passado, quando o projeto teve início.

* Quadrinho do site Heresia.org
Se você não viu....vá lá !

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