O assunto agora é:

sábado, 8 de março de 2014

Arquitetura de TI - Afinal pra que serve isso ?

Arquitetura de TI é um conceito que particularmente considero confuso. 

Uns confundem arquitetura com infraestrutura e outros falam de arquitetura de aplicação como se só existisse este tipo de arquitetura. Existe também o conceito de arquitetura corporativa ou  empresarial (enterprise architecture). O objetivo deste meu post é elucidar o que é arquitetura, sua ligação com o modelo operacional da empresa e com a estratégia (sem puxar sardinha).

O modelo operacional de uma organização é o alicerce de execução da estratégia e reflete através da arquitetura empresarial o nível de integração e padronização dos processos de negócio para oferecer bens e serviços aos clientes. Diferentes modelos operacionais preparam as empresas para diferentes tipos de crescimento. As empresas muitas vezes para crescer precisam mudar o modelo operacional.
Ross e outros [1] definem quatro modelos operacionais que mostram como a organização esta situada em termos de padronização e integração de processos:

Diversificação - baixa padronização e baixa integração
Coordenação - baixa padronização e alta integração
Replicação - alta padronização e baixa integração
Unificação - alta padronização e alta integração

Na figura abaixo vou  ilustra os quatro modelos colocados em um quadrante.

A arquitetura empresarial permite a execução do modelo operacional e é suportada pelos outros níveis de arquitetura. O que acontece ? Ora se a organização utiliza um modelo operacional de unificação de alta integração e padronização de processos, fica evidente que as arquiteturas dos  processos de negócio , aplicação e de tecnologia devem dar suporte também a este modelo

A arquitetura empresarial abrange quatro grandes tipos de arquitetura (TOGAF) :

Arquitetura do negócio - Envolve a estratégia do negócio, governança, organização e processos de negócio essenciais.

Arquitetura dos dados - Estrutura da organização lógica e física do ativos de dados e recursos de gerenciamento.

Arquitetura da aplicação - definem as aplicações individuais e suas interfaces. 

Arquitetura tecnológica - Trata dos padrões tecnológicos. É preciso ter cuidado para não confundir arquitetura de infraestrutura de TI com arquitetura tecnológica.  Arquitetura da infraestrutura é uma parte da arquitetura tecnológica.

Alguns autores, consideram a arquitetura da TI parte da arquitetura empresarial conforme ilustra o diagrama abaixo.


O que motivou a escrita desse post foi minha releitura dessas referências na época de Pós na BSP que compartilho com vocês:

[1] Ross Jeane W, Weill, Peter & Robertson, David C. Arquitetura de TI como Estratégia Empresarial, m.Books, 2008.
[2] TOGAF.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Nova Serie: Capacity Planning em um ambiente de nuvem

Nos eventos e palestras que tenho participado sobre Cloud Computing , as três principais razões citadas pelos executivos de TI para mudar para um ambiente em cloud computing são:

(1) redução de custos,
(2) maior velocidade de implantação dos sistemas,
(3) melhoria da disponibilidade de sistemas.

Para atingir estes objetivos, as empresas utilizam processos de planejamento e ferramentas que fornecem aos administradores de sistemas as informações de que necessitam para gerenciar seu ambiente atual e prospectar um plano de necessidades de computação no futuro.

Uma promessa da computação em nuvem é que a virtualização vai reduzir o número de servidores necessários, levando a reduções de custos de hardware, licenças de software, energia e manutenção. Para cumprir esta promessa, e para gerir com sucesso um ambiente de computação em nuvem, é fundamental identificar a infra-estrutura ideal usada na nuvem para satisfazer as necessidades antecipadas dos usuários finais. Se houver muito pouco recurso computacional, os pedidos dos usuários terão que esperar para que os recursos estejam livres, ou serão rejeitadas até mais recursos de hardware serem adicionados ao meio ambiente. Uma nuvem que não pode atender aos pedidos dos usuarios, efetivamente não vai cumprir a promessa de maior velocidade para a implantação de sistemas. Se não houver recursos de computação, disponíveis, elementos como hardware podem não trazer uma efetiva redução de custos.

Cinco perguntas devem nortear um administrador de sistemas para planejar um ambiente de nuvem:

1. Qual a capacidade em TB está disponível no centro de dados?
2. Como grande parte da capacidade disponível atualmente está sendo consumida?
3. Quando será que a capacidade devera ser aumentada ? Ate quando o volume atualmente livre atendera o ambiente?
4. Qual é a previsão para novas solicitações de recursos computacionais?
5. Qual é o retorno sobre o investimento?

A noção equivocada é que a virtualização, automação e volume de computação em nuvem pode compensar um mau modelo financeiro. Infelizmente, se um ambiente de computação tradicional está perdendo dinheiro em cada transação, a automação só vai agravar o problema. Um adequado planejamento de capacidade é crucial para entender os benefícios, economias e custos associados a computação em nuvem.

A boa notícia é que a computação em nuvem, de fato, vai cumprir as suas promessas de redução de custos e eficiência. A chave do sucesso para o planejamento da nuvem é entender que não há nenhuma magia envolvida. As recomendações fornecidas nos meus posts anteriores e nos próximos 3 voltados exclusivamente para capacity palnning podem ajudar a atingir os objetivos-chave para uma a mudança de ambiente para cloud computing.

Ate a próxima semana !